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Soneto de 1883

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  #paratodosverem  Na imagem acima, há reprodução de uma página do livro Sonetos Brasileiros. Na parte de cima da página, há reprodução de um retrato em preto e branco do autor do soneto. Um rapaz com barbicha, com roupa da época, especificamente um terno, pois era advogado e jornalista. O conteúdo textual da imagem acima está transcrito a seguir:  Francisco Quirino dos Santos  Nasceu em Campinas, São Paulo, a 14 de julho de 1841 e na capital deste Estado falleceu a 6 de maio de 1886. Bacharel em direito, seguiu sempre a advocacia. Poeta, jornalista, dramaturgo e romancista.  Bibliogr. - Estrellas errantes, São Paulo, 1883.   A VIDA  Pois tu não vês nos ares scintillantes O sol morrendo em ondas de fulgores?  E assim, nadando no perfume, as flores  Largam ao vento as petalas boiantes! E o amor e a gloria e os risos da innocencia Afogam-se nas chammas da esperança! Tudo que busca a mente e pede e alcança, Tudo succumbe e esvahe-se na existencia! O sonho! oh luz de um páramo azulado! Com

Comentando um poema

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Este blog decorre de uma pesquisa independente e pessoal. O Dr. Francisco Quirino dos Santos está no meu home office há um par de anos. Algum motivo haveria de ter. Bom, sei de toda controvérsia atual sobre o tema Doutor, mas chamo o Dr. Francisco de Dr. por respeito e por ter se cristalizado assim no seu nome na sua época.  É sempre difícil falar sobre o tema escravidão, por ser uma indignidade que o sistema político tenha admitido e legalizado a escravização de seres humanos. O Brasil foi um dos últimos países a abolir o sistema escravista. Mas teremos que falar, pois o Dr. Francisco Quirino dos Santos foi um jornalista e abolicionista. Conforme diz a historiadora Beatriz Piva Momesso, o termo na época para jornalista era publicista. Ele fundou, juntamente com um colega, a Gazeta de Campinas. A historiadora também destaca que os poemas abolicionistas do Dr. Quirino antecedem os poemas de Castro Alves. Além disso, ela explica a importância da oralidade na divulgação da

Retrato

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Este é um retrato do Dr Francisco Quirino dos Santos. É um retrato conhecido. Não tenho como tirar uma fotografia profissional. Fui tirar com minha câmara fotográfica digital antiga. No começo, ele não deixou fotografar. De maneira inédita, o cartão de memória foi bloqueado. Então eu pedi e expliquei a finalidade, e ele deixou. Então aqui está uma das fotos que ele deixou tirar.

Capa do livro

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Este livro tem como título Estrellas Errantes, o que traz um paralelismo interessante entre os LLs e os RRs. Temos a suavidade dos LLs seguida do áspero dos RRs, e ambos, suavidade e aspereza, pertencem ao clima poético. Esse paralelismo intencional se perde com a reforma ortográfica. Por isso, sugiro que edições novas mantenham o título original, pré-reforma. O livro foi publicado em Campinas, em 1905.